12 - O SEGUNDO LIVRO DOS REIS

 
  • Autor: Desconhecido
  • Tema: Reis de Israel e de Judá
  • Data: Cerca de 560-550 a.C. 

Considereções Preliminares 

               Os livros de 1 e 2 Reis são, no original, um tratado indiviso, portanto, as informações contidas na introdução de 1 Reis são importantes aqui. 2 Reis retoma a história do declínio de Israel e Judá, a partir de cerca de 852 a.C. Narra as duas grandes calamidades nacionais que conduziram à queda dos reinos de Israel e de Judá: (1) a destruição da capital de Israel, Samaria, e a deportação de Israel à Assíria em 722 a.C.; e (2) a destruição de Jerusalém e a deportação de Judá para Babilônia em 586 a.C. 2 Reis abarca os últimos 130 anos da história de Judá, que teve 345 anos de duração. A grande instabilidade política de Israel (i.e., as dez tribos do Norte) é notória nas suas constantes mudanças de reis (dezenove) e de disnatia (nove) em 210 anos, em comparação com os vinte reis e uma dinastia (com breve interrupção) de Judá, em 345 anos. Muitos dos profetas literários do Antigo Testamento ministraram durante o período decorrido em 2 Reis. Eles relembravam, advertiam e exortavam os reis concernente às suas responsabilidades diante de Deus como seus representantes teocráticos. Amós e Oséias profetizaram em Israel, ao passo que Joel, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias profetizavam em Judá. Nos livros desses profetas, temos importantes revelações históricas e teológicas que não se acham em 2 Reis, no tocante ao declínio moral das duas nações. 

Propósito 

               O propósito de 2 Reis é o mesmo que o de 1 Reis (ver a introdução a 1 Reis). Em resumo: o propósito original era propiciar ao povo hebreu, especialmente os exilados em Babilônia, uma interpretação e compreensão profética da sua história durante a monarquia dividida, para que não repetissem os pecados dos seus antepassados.

Visão Panorâmica

               A história de 2 Reis abrange duas épocas principais: (1) a história dos dois reinos antes da queda de Israel (as dez tribos) em 722 a.C. (cap. 1 ao 17), e (2) a história de Judá depois da derrocada de Israel até a queda da própria nação de Judá em 586 a.C. (cap. 18 ao 25). Por um lado, Israel teve uma sucessão ininterrupta de reis que faziam "o que era mau aos olhos do SENHOR" (exemplo, cap. 3.2). Em 2 Reis, é patente que em meio à terrível apostasia de Israel, Deus levantava profetas poderosos tais como Elias e Eliseu para conclamar a nação e seus respectivos dirigentes a voltar a Deus e ao seu concerto (cap. 1 ao 9).

               Por outro lado, em Judá, às vezes, havia alívio quando entre seus reis ímpios, surgiam alguns piedosos, como Ezequias (cap. 18 ao 21) e Josias (cap. 22 e 23), que se esforçavam para levar a nação de volta a Deus. Todavia, esses reis não conseguiram levar o povo a abandonar de modo permanente a prática prevalecente da idolatria, da imoralidade e da violência. Depois da morte de Josias (cap. 23), o deslize de Judá em direção à destruição foi rápido e culminou no saque de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C. (cap. 25).

Características Especiais

               Cinco fatos principais caracterizam 2 Reis. (1) Destaca (assim como também 1 Reis) a importância dos profetas e da sua mensagem revelada como o meio principal de Deus transmitir sua mensagem aos reis e ao povo de Israel e Judá - exemplo: Elias e Eliseu (cap. 1 ao 13), Jonas (cap. 14.25), Isaías (cap. 19.1-7, 20-34) e Hulda (cap. 22.14-20). (2) Destaca o ministério milagroso de Eliseu no decurso de boa parte da primeira metade do livro (cap. 2 ao 13). (3) Apenas dois reis em todo Israel e Judá tiveram plena aprovação como fiéis a Deus e ao povo: Ezequias (cap. 18.1 ao 20.21) e Josias (cap. 22.1 ao 23.29). (4) Revela que líderes ímpios acabam levando seu povo à ruína e ilustra o princípio perpétuo de que "a justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio  dos povos" (Pv 14.34). (5) Contém muitas narrativas bíblicas bem conhecidas, como a ascensão de Elias (cap. 4), a cura de Naamã (cap. 5), o ferro do machado que flutuou na água (cap. 6), a morte violenta de Jezabel conforme Elias profetizara (cap. 9), os grandes avivamentos no reinado de Ezequias (cap. 18) e Josias (cap. 23), e a grave enfermidade de Ezequias e sua cura (cap. 20).

Paralelo entre o livro de 2 Reis e o Novo Testamento

               2 Reis deixa claro que o pecado e infidelidade dos reis de Judá (i.e., os descendentes de Davi) resultaram na destruição de Jerusalém e do reino davídico. Não obstante, o Novo Testamento deixa também claro que Deus, na sua fidelidade, cumpriu sua promessa segundo o concerto, feita a Davi, através de Jesus Cristo, o "Filho de Davi" (Mt 1.1; 9.27-31; 21.9), cujo reinado e reino não terão fim (Lc 1.32,33; conforme Is 9.7).

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BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Edição de 1995, ano 2002, pp. 571 e 572. 

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